O corpo não aprendeu a conversa das palavras.
Comunica-se com códigos que não são universais.
Dor é dor mas pode carregar e querer contar tanta coisa !...
Vem à superfície como ponta de novelo em viagem de espiral.
Antes de eclodir percorre um universo inigualável, o daquele ser.
Antes de se manifestar atravessa um mundo de história particular,
A daquele ente vivente.
E queremos rotular, botar tarjas, arranjar um jeito de resumir o irresumível.
Condensamos mal e mal o que por bem maior seria bom olhar como único, inigualável.
Falta entendimento entre as nomenclaturas da mente e as exposições da carne:.
Planetas inúmeros em órbitas ímpares dançando ritmos variados, inusitados,
Irrepetíveis.
Humanos, escrevemos leis gerais para o colóquio do abstrato com a matéria
Enquanto o maestro - o imponderável - nos articula separada, especialmente,
No palco do incalculável, do imprevisível.
Ahhh, não dominamos nem o be-a-bá desse infinito de mistério !
Aqui estamos, por aqui passamos.... muito julgando, tudo presumindo e... nada sabendo.