Ardem a algum tempo em toda mente, coração, onde houver humanidade.
Queimam em tragédias explícitas, em faces dolorosas, evidentemente tristes, transtornadas
Ou desenham-se em avessos, vieses de sorrisos, flamejantes em disfarces de alegria.
Declarados ou silenciosos, velados ou pungentes, traçam a história de todo ser vivente.
Compõem par com o céu de cada um.
Erga a mão quem não queimou em amores,
Incendiou em insatisfações, contrariedades, decepções,
Inflamou na carne, escaldou em expectativas e desilusões.
Quem não viveu reveses, esvaído em sonhos.
Somos essencialmente labaredas.
Todos, a algum tempo, vivemos infernos particulares.
Ardemos pelo bem e pelo mal.
Serenidade é lampejo, idílio, ideal desta espécie animal.