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domingo, 25 de abril de 2021

Poesia em tempos de guerrra



A poesia às vezes se guarda do poeta,

Está lá. Em algum lugar dorme, hiberna.

Inverna em cavernas profundas, ansiando o ar livre das primaveras do peito,

Os passeios soltos, sem tração, sem correntes a puxá-las à força de seu leito.


Essa, que se esconde, é as dos tempos de guerra.

De alguma sorte de batalha interna,

Germe de pesadas pelejas.


Está latente: as palavras sob a pele, no avesso do corpo.

Os bolsos da mente seguem abarrotados de munição.

Há hora para disparar.


Poesia não se atira à força,

Não é arma que se descarrega por pressão.

É arte que eclode certeira, aos auspícios da emoção.