Apalpar o papel me é importante,
Quase imprescindível.
Tocar-lhe é aferir pulso da escrita,
Perceber pela pele o palpitar das palavras,
Penetrar o peito pela superfície.
Tê-lo às mãos é perceber perfumes,
Inspirar o que o verbo expira
Pelos poros, interstícios.
Não me satisfaço só com telas,
Careço do toque, de mais sentidos.
Leitura é relação.
Não pode ser só virtual,
Pobre sendo só informação.