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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

A-normal

 


Num momento mergulho,

Noutro sou só superfície.

Uma hora apenas dúvida,

Antes, depois, exclamação.


Do conter sigo ao soltar,

Vou do egoísmo à compaixão.

De ponderar a impulso,

Do precipício à prudência,

Somando saltos, re-pousos,

Vou do sereno à explosão.


Entre difícil e fácil, salgado e doce

Tudo é onda, sinuosidades.

Temperando transparências e negritos

Complico e descomplico,

Sopro, vento... ardo, chama.

Sou ser que inflama até sarar...

Indo para voltar

E então rever.... e transformar...

Em oscilação constante.


Não é simples ser humano.

Muito menos ser normal,

Sendo nunca e sempre igual.