Num momento mergulho,
Noutro sou só superfície.
Uma hora apenas dúvida,
Antes, depois, exclamação.
Do conter sigo ao soltar,
Vou do egoísmo à compaixão.
De ponderar a impulso,
Do precipício à prudência,
Somando saltos, re-pousos,
Vou do sereno à explosão.
Entre difícil e fácil, salgado e doce
Tudo é onda, sinuosidades.
Temperando transparências e negritos
Complico e descomplico,
Sopro, vento... ardo, chama.
Sou ser que inflama até sarar...
Indo para voltar
E então rever.... e transformar...
Em oscilação constante.
Não é simples ser humano.
Muito menos ser normal,
Sendo nunca e sempre igual.