O frio do desamparo não aquiesce, não cede com cobertores.
É dor de dentro pra fora, latejamento profundo,
Imensurável por termômetros ou aparelhos quaisquer.
A pele pouco fala do que se passa em sensações no peito,
Nos ossos subjetivos que sustentariam o mais do ser.
O frio de solidão se assemelha a um vazio quente,
Pulsão que se sente e não se palpa.
É uma forma de soprar forte internamente.
Um vento devastador.