Não quero prisão...
Mas em que celas me coloco ?
Quantas construo sem que perceba,
Quantas ergo sem reparar ?
Alma de pássaro, preciso de ar.
Aspiro, procuro voar...
E permito claustros, sem me dar conta.
Todos, um pouco pais e um pouco filhos de nós,
Carcereiros e encarcerados,
Vivemos vastos e pequenos,
Entrando e saindo de gaiolas invisíveis.